O Impecável



Quando: 16/02/2016
Onde: Teatro dos Quatro
O quê: Teatro (Comédia)
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Eraldo, Gabriela
Informações: http://rioshow.oglobo.globo.com//teatro-e-danca/eventos/criticas-de-usuario/o-impecavel-14462.aspx

Terça-feira também é dia de teatro! Enfrentando o temporal diário que nos acompanha nesse fim de verão, fomos ao Shopping da Gávea ver Luiz Fernando Guimarães no monólogo "O Impecável".

O veredicto foi... morno. Não é que seja ruim. Valeu o ingresso (que compramos pelo Peixe Urbano, hehe). Mas não é *A Peça*. O enredo tem como cenário um salão de beleza, e Luiz Fernando Guimarães interpreta diversos personagens, que dialogam entre si e conversam com a plateia. O problema é que o humor da peça estava muito pautado na troca de personagens, e em como o ator conseguiria se transformar para que a plateia identificasse cada um deles. E... ele não conseguiu. Os personagens ficaram muito parecidos, todos meio gays (sendo que deviam homens e mulheres, gays e héteros). Com a falta de força na interpretação, o roteiro não conseguiu o efeito desejado. Deu pra rir... mas não muito.

No dia seguinte, liguei para minha avó, e contei que fui ver essa peça. Ela disse "é... eu acho esse Luiz Fernando Guimarães assim meio canastrão..." . Bingo. Minha avó já sabia!

Carnaval 2016



Quando: de 06 a 10/02/2016
Onde: Pelo Rio
O quê: Blocos
Quem foi: Paula Cris, Aquino, pessoal da Finep, Joyce e amigos

E depois de 20 anos, a carnavalesca pôde ficar no Rio para brincar o carnaval. E brinquei mesmo =)

Contei com a paciência do meu finlandês, traumatizado com as marchinhas da Praça Argentina de outros carnavais - em breves momentos a gente pode até supor que ele curtiu, quando não tinha nem muita gente, nem muito samba, nem muito calor (errr, digamos que não tenham sido muitos momentos), e botei o bloco na rua. Escolhemos os blocos menores, preferencialmente os que andam (porque, na minha definição, bloco é um grupo carnavalesco que vai do ponto A para o ponto B). Contamos com a participação especial muito animada dos foliões da Finep e da nossa percussionista oficial, Joyce.

Ao contrário de outros carnavais, fiquei triste com a quarta-feira de cinzas... como tem que ser. Lição aprendida: no carnaval, o bom é ser folião... não imprensa.





O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece



Quando: 23/01/2016
Onde: Theatro Net
O quê: Teatro Musical
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Eraldo, Gabriela

Ah, o teatro... Sempre proporcionando noites agradáveis. Mais uma vez, junto à agradável e animada companhia de Eraldo e Gabi, para assistir a "O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece".

Entre as opções de assento disponíveis, ou lá atrás no meio, ou bem na frente no canto, erradamente escolhi a segunda alternativa (post-it mental: o Theatro Net tem uma altura razoável entre as fileiras, então é menos prejudicial sentar lá atrás e no meio, do que nas laterais. Aquino quase não viu a peça, sentado na última cadeira da fileira B - Comprar o assento dobrável, nem pensar). Mesmo assim, deu pra aproveitar.

Quanto à peça, rimos um bocado. Ao misturar da fantasia dos filmes musicais clássicos, aos jingles e propagandas que marcaram época (algumas mais antigas, que conheço por ouvir meus pais cantando), o roteiro brasileiro soube trabalhar de forma original e divertida todas aquelas musiquinhas "que todo mundo sabe". Atores-cantores afiadíssimos (já lugar-comum nas peças musicais atualmente em cartaz); espaço cênico utilizado com muita criatividade; humor e texto atual... ah, tudo de bom.

Só me preocupou um pouco a bagagem necessária para assistir a peça. Diversas propagandas citadas são das décadas de 70/80, o que pode deixar o povo mais novo sem pescar todas as deixas; além disso, a alusão a personagens "classicões" dos musicais (O Mágico de Oz, O Fantasma da Ópera, Cantando na Chuva, Hair, Grease, A Noviça Rebelde) exige que o espectador os reconheça, o que também pode deixar na superfície o pessoal que "não gosta de filme velho".

Incrível perceber como os jingles nos marcam. Quem não completa "Pipoca na panela, começa a arrebenta-ar...", ou não faz "oown" quando começa "O búfalo falou que é bom... o gorila, falou que faz bem..." (tomou?). E o Biafra espantando ladrão? Quem não gostaria de presenciar essa cena?

Ah, o teatro... esse me ganha fácil!

Museu Nacional de Belas Artes




Quando: 20/01/2016
Onde: Cinelândia
O quê: Exposição
Quem foi: Paula Cris, Aquino
Mais informações: http://mnba.gov.br/portal/

Comemorando 4 anos de instantes infinitos juntos, depois de uma manhã de preguiça resolvemos pensar em algo diferente para fazer. Qual museu ainda não visitamos? Hmm, aquele na Cinelândia! Eh bien, fomos.

Chegamos 14h20, fechava às 17h. "Vai dar tempo, tranquilo", pensamos. Ledo engano: o museu é enorme. As exposições, temporárias ou não, somam milhares de obras. Acervo gigante, que percorre a história da arte brasileira - desde suas origens não-brasileiras. De acordo com o site do museu, "A bicentenária Coleção do Museu Nacional de Belas Artes se originou de três conjuntos de obras distintos: as pinturas trazidas por Joaquim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa, que chegou ao Rio de Janeiro, em 1816; os trabalhos pertencentes ou aqui produzidos pelos membros da Missão, entre os quais se destacam Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Batiste Debret, Grandjean de Montigny, Charles Pradier e os irmãos Ferrez; e as peças da Coleção D. João VI, deixadas por este no Brasil, ao retornar a Portugal, em 1821."

Além das exposições perenes, com obras que nos colocam em nossa devida insignificância (porque Pedro Américo e Vitor Meirelles têm esse poder), destaque para a temporária San Sebastiano, com matrizes de gravuras vindas da Itália, desde meados de 1500. Impressionante o detalhe e a perfeição dessa arte em metal, que minha ignorância desconhecia. (caso mais alguém divida comigo essa falta de conhecimento, Wikipedia está aí para nos salvar: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravura_em_metal ).

Enfim, passeio encantador. Surpreendente o tamanho do museu, a diversidade das obras (destaque para a coleção de reproduções de esculturas gregas, reunidas desde a época do Império para os estudos dos alunos da Escola de Belas Artes). De graça aos feriados e domingos (quando não é de graça, custa R$ 8 a inteira). Bom para ir com tempo, disposição e com a mente aberta a realizar que existem pessoas muito mais talentosas que você, e que a era pré-tecnologia rendeu frutos muito mais interessantes que bloggers, postagens e curtidas.

Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci





Quando: 16/01/2016
Onde: Circo Voador
O quê: Show "Dia a Dia, Lado a Lado"
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Joyce

No início, estava com preguiça, confesso. Deve ser a proximidade dos 30 assombrando a disposição. Show tarde, marcado para 23h com apresentação de abertura - o que empurra o principal lá pra amanhã. Ainda mais com o remorso de sair cedo da festinha de aniversário de um dos amigos da pequenina lista dos grandes amigos.

Mas olha, foi bom. Foi muito bom.

A banda de abertura, Liniker, teve um som interessante, porém muito eclético para gostar de um álbum inteiro (deixei de usar a palavra CD, porque realizei que, em muitas situações, um álbum não é mais um CD). Em 10 músicas, deve rock, samba, música de terreiro, blues, ginga, protesto... muita informação para um show só, na minha opinião monolítica que a mais ninguém é relevante.
Até o início do show principal, o que valeu foi a companhia sempre muito feliz e muito agradável da Joyce, além, é claro, do meu finlandês-moreninho-de-todas-as-horas.


Mas o show principal... ah, o show principal... como disse Tulipa, foi um "troca-troca muito gostoso". Músicas de ambos bem selecionadas, duetos com um encaixe tão natural, que pareciam os originais dos arranjos. Carisma de ambas as partes, Tulipa e sua eletricidade, Jeneci e seu conjunto de tecladinhos e acordeão, submergindo a plateia do Circo numa mistura muito interessante. Torcendo para que os duetos do show virem música do Spotify.

Show no Circo Voador já começa sempre com uma boa vibe. Ainda de acordo com a Tulipa, "deve ser o haxixe preso na lona". Talvez, quem sabe. O formato de arena, acredito, também deve ajudar muito (além do haxixe, longe de mim dizer que não), empolgando o cantor, que empolga o público, que empolga o cantor, numa espécie de "efeito Tostines" causador do sucesso dos shows ao vivo. Sempre muito bom, apesar da hora avançada (que deixou a praticamente-trinta aqui com dorzinha nas costas).

Salve Tulipa, Salve Jeneci, salve o haxixe da lona. Ainda parafraseando Tulipa, "Circo Voador, seu lindo!!"

Os Oito Odiados



Quando: 09/01/2016
Onde: Cine São Luiz
O quê: O oitavo filme do Tarantino
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Fui acompanhando o "fã". Fui com boas expectativas, pelo que já tinha visto do diretor (no caso, Pulp Fiction e Kill Bill, apenas. Não vi Django Livre, apesar das afirmações contrárias do Aquino. Espero ver em breve, para superar esse gap). Fui feliz, porque cinema sábado fim de tarde é sempre uma boa pedida. Levei a pipoca de casa, o que me deixou ainda mais feliz por não gastar mais do que o ingresso com... milho e manteiga.

Apesar das boas vibrações... não gostei. Achei a narrativa arrastada. Muito filme para pouco enredo. Cenas compridas demais. Desenrolar meio óbvio. Pareceu-me uma preocupação grande em manter os clichês-Tarantino e a meta de fazer um filme grande, em detrimento da construção de uma história que prendesse a atenção. Mas, opinião daquela que viu muito poucos filmes ao longo dos anos, para ser relevante para alguém além dela mesma, gostar ou não.

Aquino gostou. Todo fã, viu bons diálogos e todo o espírito Tarantiniano que encanta o pessoal do sangue jorrando (nada contra o sangue jorrando, repise-se). Concordamos, porém, que o filme poderia ser menor, para contar a quantidade de história disponível.

Enfim, bonequinho dormindo pra mim, batendo palmas sentado para ele. Início morno para os eventos dignos de nota de 2016.

Where Dreams Come True



Quando: 12 a 26/05
Onde: Flórida
O quê: Complexos da Universal, da Disney e Tampa
Quem foi: Paula Cris, Aquino


O destino, escolhemos pelo feedback 100% positivo de todos os que foram para lá e voltaram com orelhas. Já que tanta gente diferente gosta, algo diferente devia acontecer nas planícies do Seu Disney.



Para mim, tudo novo: nunca havia saído do país, precisado falar outra língua, ficado tanto tempo num avião, nem tanto tempo viajando ou convivendo dia e noite com meu analista de sistemas preferido. Tanta coisa nova ao mesmo tempo era do que eu precisava, para não pensar um pouquinho no dia a dia. E fiz o serviço completo: nem levei meu celular, o que culminou em quase duas semanas sem Facebook. E sabe, quando o vi, acho que era melhor nem ter visto.





O negócio é mesmo mágico. É imenso. É muito maior do que se imagina antes de ir. Cansa. Enquanto se tem retina, tem-se o que ver. Enquanto se tem pés, tem-se um lugar novo para andar. Enquanto se tem dólares, tem-se uma gift shop com um item impressionante que você quer muito ter. Enquanto se tem necessidades, tem-se alguém que já pensou nisso. Explicando melhor em partes (porque eu ainda estou de férias - rá!, tenho tempo e vontade de escrever. Nenhuma objeção se você leu até aqui mas agora vai pular direto pra ver as fotos).


"Enquanto se tem retina, tem-se o que ver"


É tanto detalhe, que no fim da viagem você nem se impressiona tanto com um baobá gigantesco formado pelas mais diversas espécies de animais, no meio de um parque "de diversões" - me desculpem os mais puristas, mas para mim os detalhes dos parques são pura arte.

Toda hora você se depara com uma arte, uma vitrine, uma loja tematizada, a fila de um brinquedo, que impressiona pela riqueza de detalhes. A coisa foge do "preciso enfeitar com alguma coisa", para o "preciso recriar um universo". Hogsmead, o Beco Diagonal, os países do Epcot e o espetáculo Wishes, no Magic Kingdom, são visões que não vão sair da lembrança tão cedo. Emocionaram - aham, sim, eu sou chorona. E chorei à beça.


"Enquanto se tem pés, tem-se um lugar novo para andar"



O negócio é grande. É muito grande, é imenso. São hectares e mais hectares de parques, de resorts, de outlet. Até o Hard Rock Cafe de lá é o maior do mundo. Haja pé, haja perna. Cansamos.

A impressão que se tem é a de que, se andásssemos 24 horas durante as duas semanas, ainda sim não teríamos visto tudo com o detalhe que gostaríamos.

Mas conseguimos aproveitar bem: fomos ao Premium Outlet, aos dois parques da Universal, ao Busch Gardens e Sea World, ao City Walk, aos quatro parques e dois parques aquáticos da Disney, e ao Downtown Disney. Listando assim, faz até sentido termos cansado.





"Enquanto se tem dólares, tem-se uma gift shop com um item impressionante que você quer muito ter"


Como dois pães-duros internacionalmente conhecidos, até tentamos resistir um pouco. Mas vai, quem resiste a uma loja especializada em Quadribol? Ou a deixar que a varinha te escolha no Olivaras? Ou a confeitaria com sapos de chocolate e feijoezinhos de todos os sabores a granel? Ou a levar pra casa o Linguado (para os que não são especialistas, aquele peixinho amarelo amigo da Ariel, a Pequena Sereia), a Minnie, o Mickey, o Pateta, nos mais diversos estilos, incluindo os looks jedi? Ou a deliciosa casa de doces do Pateta? Ou... Ou... São tantos ous, que o que podemos fazer é tirar o chapéu para os imperadores do capitalismo: eles sabem fazer você querer tudo aquilo. Mesmo.


"Enquanto se tem necessidades, tem-se alguém que já pensou nisso"

Sabe quando a coisa flui, e você não tem que se preocupar todo o tempo com seus interesses? Então. Lá flui.

São milhares de pessoas, mas você consegue ir rapidamente ao banheiro. É uma hora de fila, mas você se distrai com os detalhes. O ingresso funciona. A Magic Band (uma pulseirinha muito mágica da Disney) funciona sempre. Se um brinquedo para por algum motivo, imediatamente os organizadores te dão um ingresso para sair e voltar depois sem pegar fila.

A varinha faz mágica nas vitrines. A Minnie é uma simpatia. Dancei com o Pateta. A Malévola é grossa e me deu um fora quando eu tirei foto com ela.


Enfim, as coisas funcionam como deveriam, apesar de uma estrutura de milhares de pessoas em que muita coisa pode dar errado.


Esse "fazer funcionar" nos fez pensar muito em eficiência, nos processos, em como ser eficaz traz resultados e dinheiro. Ah gente, somos analistas. Tínhamos que analisar alguma coisa. Mas também dá só pra aproveitar dessa eficiência, sem analisar nada.



 

 Enfim, pelos comentários entusiasmados (ou pelas fotos felizes, caso você tenha lido diagonalmente apenas), conclui-se que a viagem foi um sucesso. Voltamos cansados, com uma bagagem imensa de memórias (e outra do outlet, hehehe).



Walt Disney foi o cara. Em um museu e um documentário sobre ele (atração do Hollywood Studios) conta-se que boa parte do que temos hoje no complexo Disney, ele já tinha idealizado - embora tenha visto muito pouco ficar pronto. Ele queria um lugar onde pudesse levar as filhas para passar um dia divertido, mágico.



Ele queria um lugar onde os funcionários tratassem bem os visitantes, onde os personagens ganhassem vida, onde as crianças pudessem se sentir nos desenhos. Onde os sonhos se tornassem realidade.


Ele sonhava alto, e foi do alto, sobrevoando a Flórida, que o cartunista do Mickey Mouse visualizou nas pastagens das planícies de Orlando o lugar ideal para colocar esse sonho em realidade.

E esse sonho se renova há anos, todas as noites, quando as luzes do Magic Kingdom se apagam e dão lugar ao sonho... "And all our wishes (all our wishes) / all our wishes / 
will come true..."


Ah, a Feira do Lavradio!



Quando: Todo primeiro sábado do mês
Onde: Rua do Lavradio, Centro
O quê: Feira de artesanatos e antiguidades
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Ana Lu e toda a torcida do Flamengo

Fui apresentada a ela tem um tempinho, despretensiosamente, pelo meu pão-duro favorito. Como dois avarentos internacionalmente conhecidos (reza a lenda que nosso maior empecilho para começar o namoro foi abrir a mãos para entrelaçá-las), uma feira livre talvez não fosse fazer muito sucesso.

Na voz de Chico: "Mentiiiraaa..."

Sucesso total, hoje todas as minhas compras recentes foram feitas lá. Presentes pra mim, para os outros, para mim de novo, curiosamente ali tenho a paciência que me falta em outros ambientes de compras. Se tem coisa que me irrita, é entrar em loja de roupa pra olhar, escolher, experimentar, aceitar a simpatia falsa da vendedora e a ideia de que tudo ali caiu super bem em você, e repetir esse ciclo por mais 5, 6 fachadas, de conteúdo igual e etiquetas diferentes. Na Lavradio não, os artesãos estão ali, vendendo, mostrando os detalhes e a paixão com que confeccionaram cada peça. Dá gosto de ouvir as histórias, escolher, bater o olho e querer levar. Por isso que levo, e não me canso de fazer propaganda.

E, de quebra, fica na Lapa. Clima gostoso de música que sai dos tijolos, do ar, dos barezinhos feitos pra turista com as músicas que gosto tanto. Eu e a torcida do Flamengo: a feira está geralmente lotada, então prepare o espírito para alguns esbarrões.

No combo da Feira, é sempre bom visitar o Mercado Mistureba, ali na Mem de Sá, pertinho. Mesmo clima, extensão da Lavradio quase.

Pena que é só uma vez por mês. O sábado mágico em que avarentos abrem a mão, para cumprimentar o talento dos artesãos e as boas ideias de quem produz fora da caixinha.

Uma Carta Perdida

Quando: 10/10/2014
Onde: Teatro Café Pequeno
O quê: Teatro
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Depois de uma semana muito mais longa do que gostaria, disse que queria fazer algo diferente para comemorar a sexta feira. Dado que a gente quase não está mais precisando verbalizar ideias, porque elas são as mesmas na maioria dos casos, meu fã de Kimi Raikkonen preferido acertou em cheio, sugerindo uma ida ao teatro. Escolhe daqui, procura dali, o Rio no Teatro sugeriu "Uma Carta Perdida", em cartaz no Teatro Café Pequeno, no Leblon.

Excelente ir ao teatro de susto, comprar ingresso na hora, saber da peça durante a peça. Bons atores, em teatro com proposta altamente aconchegante - é um bar, com lotação de 80 pessoas. Pena que não aceitam débito nem crédito - lamentável, lamentável - e que nem todas as comidas e bebidas do cardápio estão disponíveis. Mas o ambiente que se forma é muito interessante.

A peça foi montada por atores do Tablado, que encontraram essa comédia política romena em acervo doado, e perceberam que politicagem nunca muda. Para montar esse "texto atual de 200 anos", captaram recursos através do Catarse (uma daquelas iniciativas positivas da era digital), e nos presentearam com um fim de sexta dos mais agradáveis.

Viva o teatro, viva o talento do ator de fora dos holofotes midiáticos! Merda para todos nós.







Ópera do Malandro



Quando: 21/09/2014
Onde: Theatro Net Rio
O quê: Teatro Musical
Quem foi: Paula Cris, Aquino

É Chico. É Geni, é Teresinha... Personagens do meu cotidiano, presentes nos meus ouvidos e entreouvidos muito bem vindos em qualquer ambiente, encaixados numa das artes que mais gosto, o teatro. Zero chance de dar errado.

Não deu, apesar de eu ter escolhido lugares ruins. Não recomendo o balcão do Theatro Net. Apesar do charme, o balcão não dá a visão geral do palco, como na plateia embaixo. A visão do "térreo" é bem melhor.

Voltando à peça, montagem muito interessante, em que todos os personagens (incluindo as prostitutas) são homens, exceto o João Feliz, o roteirista, que é interpretado por uma mulher. Ator de musical sempre me impressiona, e me coloca no devido lugar de pessoa incapaz. Mas eu adoro. Eles cantam, dançam, e as vezes até tocam violão, como na imperdível interpretação de "12 anos". Fora a orquestra meio oculta, meio destacada por trás dos andaimes do cais do porto, com toda a sua malandragem.

Conhecer Geni foi como finalmente ver aquele personagem de história antiga de avô, aquele parente distante que você nunca conheceu mas tem uma imagem pré-moldada no inconsciente, de tanto que ouviu sobre ele.

Um clássico que parece ter sido feito anteontem. Encarei como uma das comprovações de que o problema não são os governos, não é a miséria, não é a camada de ozônio. A zica está na raça humana, mesmo, e em toda a sua força para que as coisas sempre deem errado. Uma pena, há tanta arte, tanta beleza, tanto a fazer, tão pouco tempo... tanto mar, tanto mar...

Magia ao Luar



Quando: 15/09/2014
Onde: Cine São Luiz
O quê: Filme Magia ao Luar
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Um dos itens que mais prezo ao ter alguém ao meu lado, é a troca de experiências. Mais do que completar, o importante é acrescentar. E nesses acréscimos, algo muito interessante que ganhei de presente do meu finlandês moreninho foi o gosto por filmes de Woody Allen.

Magia ao Luar é leve, é perspicaz, tem cores suaves e trajes delicados. Nada melhor para uma quarta à noite, num cinema muito muito pertinho de casa.

Viva a magia, viva o Luar, viva o escurinho de um cinema a dois.

O Grande Circo Místico




Quando: 19/06/2014
Onde: Theatro Net Rio
O quê: Musical O Grande Circo Místico
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Depois de tantos anos ouvindo as músicas feitas para esse espetáculo, encenando suas letras em par romântico com a vassoura, deu nozinho na garganta ver Beatriz, Lily Brown e companhia ali, no palco do charmoso Theatro Net. Talvez por isso minha opinião seja tendenciosa, achando que as 3 horas de espetáculo passaram deliciosamente rápido. Em minha defesa, lembro que Aquino, que não é (era? hehehe) fã de Chico nem de musicais, também achou muito muito legal.

Atores completos adicionam ao musical a emoção do circo. Emoção, tensão, amor, desamor... tem de tudo. Muito de tudo. Ahh, vá ver, que a noite vai ser muito bem aproveitada.

Detalhe positivo: o Theatro Net Rio é um charme. Tem cara de anos 60, funcionários vestidos a caráter, carrocinha de pipoca e cachorro quente da Geneal (comer pipoca no teatro muito me agrada).

Show do Móveis no Circo



Quando: 06/06/2014
 Onde: Circo Voador
 O quê: Show da banda Móveis Coloniais de Acaju
 Quem foi: Paula Cris, Aquino

Ser parecido é bom, mas completar com o que tem de diferente é melhor ainda. Nunca tinha ouvido falar do Móveis, até que meu piloto me apresentou a banda. Confesso que não curti ouvir muito tempo nos fones, não é música para programar; mas o show é bem divertido. Tanto gostei, que dessa vez fui eu quem vi e convidei pro show, mais um no Circo Voador.

O clima é leve, os caras são animadérrimos, o som é bom, o Circo tem aquela adorável atmosfera Lapa, a caipirinha não é tão forte nem tão fraca: na medida certa para limpar a mente de uma semana cansativa. Móveis, circo, Lapa, caipirinha, namorado: às vezes você não precisa de nenhum ingrediente novo, apenas uma receita tradicional para saciar o espírito.

São Lourenço



Quando: 21 a 27/04/2014
Onde: São Lourenço - MG
O quê: Turismo
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Informações: http://www.tripadvisor.com.br/Tourism-g1598550-Sao_Lourenco_State_of_Minas_Gerais-Vacations.html

São Lourenço me remete às minhas mais antigas lembranças. Fui a São Lourenço pela primeira vez com possivelmente menos de um ano, e por lá passávamos todos os anos até meus 9, 10 anos. Depois, nunca mais voltei... Até agora.

Eu e meu finlandês moreninho preferido chegamos dia 21/04, no fim de um feriadão que de acordo com o taxista "encheu a cidade como não se via nos últimos 10 anos".

Ficamos hospedados no hotel Beira Parque, hotel sem firulas mas com quarto aconchegante, excelente café da manhã e ótima localização (como diz o nome, pertinho do Parque das Águas).


A cidade parou no tempo. Temos Brasílias, Del Reys, Chevettes aos montes nas ruas, os restaurantes tocam Beatles e Roupa Nova, as pessoas se locomovem de charrete, as ruas são de paralelepípedo (de acordo com o charreteiro, se asfaltarem as ruas de São Lourenço, as fontes secam. E. naturalmente, ninguém quer isso). Mas o clima "old" da cidade é permeado por uma estrutura madura de turismo, com hotelaria e restaurantes mais do que tradicionais; a cidade foi construída no século retrasado em torno do turismo, desde que encontraram a primeira fonte de água mineral por lá, colocando o turismo das cidades fluminenses no chinelo.

O Parque das Águas... ah! O Parque das Águas. Ambiente delicioso, silencioso, cheio de fontes hidrominerais para recarregar as energias, pedalinho, bichos que praticamente vem conversar com você, triciclos, mini golfe, bosques, pesque e pague, etcéteras, etcéteras... e o Balneário. Ah, o Balneário! Reservamos uma massagem indiana de 1 hora para cada um. Ô, coisa boa! O Balneário fica dentro do parque, e foi  o primeiro do Brasil (antes de existir a palavra Spa, ele foi o primeiro). Getúlio e Marta Rocha (a miss com 2 cm de bumbum a mais) frequentavam o lugar. Eu e Aquino também =)

Meu piloto não poderia deixar de passar no Kart de São Lourenço. Foi divertido: você paga R$ 15, põe o capacete (só o capacete) e corre 7 voltas. No rules total... hehe, mas foi bem divertido.

Deixamos o último dia para passear no Trem das Águas, que vai de São Lourenço a Soledade de Minas, e volta. Experiência bem gostosa, andar de Maria Fumaça pelos campos verdejantes de Minas.

Fomos também ao Quinta do Cedro, uma fazendinha muito agradável; à Fundação Cima's, de curioso ambiente e uma exposição peculiar com acervo pessoal do Professor Cima, de Salvador Dali (amigo dele).

O problema de São Lourenço é querer comprar tudo o que tem em todas as lojinhas de doces e queijos da cidade. E olha que há lojinhas de doces e queijos em quase todas as esquinas. A loja da Miramar é um caso especial: além de querer levar tudo, ela é enorme.


Tem compota de tudo que se imagine, doces de leite mil, docinhos, doces e doções caseiros, tem queijo muito mais gostoso e mais barato que no Rio, tem cachaças caseiras muito boas, tem o café mais premiado do Brasil, de Carmo de Minas. Levei uma mochila-sacola vazia dentro da mala, e ela voltou abarrotada... só não levei mais porque não cabia.

Os self-services são agradáveis (retificando, comida mineira é agradável). Comemos pizza em todas as noites, em lugares diferentes. Destaque para o tradicionalíssimo Mamma Mia, que continua a mesma coisa de quando estive lá há quase 20 anos atrás. As caipirinhas com cachaças artesanais são um espetáculo.

Enfim... semana deveras agradável. Os pontos negativos: chegar lá de ônibus é uma maratona (só tem um ônibus direto pra lá do Rio, e ele sai no improvável horário de 16h.

Fomos via Cruzeiro, levamos mais de 5h para chegar; na volta, viemos direto e levamos por volta de 4h). Andar por lá sem carro é caro (os táxis tem um preço fixo por corrida de R$ 20; as charretes fecham pacotes, e geralmente é o melhor meio de locomoção para grupo de pessoas).