Ópera do Malandro



Quando: 21/09/2014
Onde: Theatro Net Rio
O quê: Teatro Musical
Quem foi: Paula Cris, Aquino

É Chico. É Geni, é Teresinha... Personagens do meu cotidiano, presentes nos meus ouvidos e entreouvidos muito bem vindos em qualquer ambiente, encaixados numa das artes que mais gosto, o teatro. Zero chance de dar errado.

Não deu, apesar de eu ter escolhido lugares ruins. Não recomendo o balcão do Theatro Net. Apesar do charme, o balcão não dá a visão geral do palco, como na plateia embaixo. A visão do "térreo" é bem melhor.

Voltando à peça, montagem muito interessante, em que todos os personagens (incluindo as prostitutas) são homens, exceto o João Feliz, o roteirista, que é interpretado por uma mulher. Ator de musical sempre me impressiona, e me coloca no devido lugar de pessoa incapaz. Mas eu adoro. Eles cantam, dançam, e as vezes até tocam violão, como na imperdível interpretação de "12 anos". Fora a orquestra meio oculta, meio destacada por trás dos andaimes do cais do porto, com toda a sua malandragem.

Conhecer Geni foi como finalmente ver aquele personagem de história antiga de avô, aquele parente distante que você nunca conheceu mas tem uma imagem pré-moldada no inconsciente, de tanto que ouviu sobre ele.

Um clássico que parece ter sido feito anteontem. Encarei como uma das comprovações de que o problema não são os governos, não é a miséria, não é a camada de ozônio. A zica está na raça humana, mesmo, e em toda a sua força para que as coisas sempre deem errado. Uma pena, há tanta arte, tanta beleza, tanto a fazer, tão pouco tempo... tanto mar, tanto mar...

Magia ao Luar



Quando: 15/09/2014
Onde: Cine São Luiz
O quê: Filme Magia ao Luar
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Um dos itens que mais prezo ao ter alguém ao meu lado, é a troca de experiências. Mais do que completar, o importante é acrescentar. E nesses acréscimos, algo muito interessante que ganhei de presente do meu finlandês moreninho foi o gosto por filmes de Woody Allen.

Magia ao Luar é leve, é perspicaz, tem cores suaves e trajes delicados. Nada melhor para uma quarta à noite, num cinema muito muito pertinho de casa.

Viva a magia, viva o Luar, viva o escurinho de um cinema a dois.

O Grande Circo Místico




Quando: 19/06/2014
Onde: Theatro Net Rio
O quê: Musical O Grande Circo Místico
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Depois de tantos anos ouvindo as músicas feitas para esse espetáculo, encenando suas letras em par romântico com a vassoura, deu nozinho na garganta ver Beatriz, Lily Brown e companhia ali, no palco do charmoso Theatro Net. Talvez por isso minha opinião seja tendenciosa, achando que as 3 horas de espetáculo passaram deliciosamente rápido. Em minha defesa, lembro que Aquino, que não é (era? hehehe) fã de Chico nem de musicais, também achou muito muito legal.

Atores completos adicionam ao musical a emoção do circo. Emoção, tensão, amor, desamor... tem de tudo. Muito de tudo. Ahh, vá ver, que a noite vai ser muito bem aproveitada.

Detalhe positivo: o Theatro Net Rio é um charme. Tem cara de anos 60, funcionários vestidos a caráter, carrocinha de pipoca e cachorro quente da Geneal (comer pipoca no teatro muito me agrada).

Show do Móveis no Circo



Quando: 06/06/2014
 Onde: Circo Voador
 O quê: Show da banda Móveis Coloniais de Acaju
 Quem foi: Paula Cris, Aquino

Ser parecido é bom, mas completar com o que tem de diferente é melhor ainda. Nunca tinha ouvido falar do Móveis, até que meu piloto me apresentou a banda. Confesso que não curti ouvir muito tempo nos fones, não é música para programar; mas o show é bem divertido. Tanto gostei, que dessa vez fui eu quem vi e convidei pro show, mais um no Circo Voador.

O clima é leve, os caras são animadérrimos, o som é bom, o Circo tem aquela adorável atmosfera Lapa, a caipirinha não é tão forte nem tão fraca: na medida certa para limpar a mente de uma semana cansativa. Móveis, circo, Lapa, caipirinha, namorado: às vezes você não precisa de nenhum ingrediente novo, apenas uma receita tradicional para saciar o espírito.

São Lourenço



Quando: 21 a 27/04/2014
Onde: São Lourenço - MG
O quê: Turismo
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Informações: http://www.tripadvisor.com.br/Tourism-g1598550-Sao_Lourenco_State_of_Minas_Gerais-Vacations.html

São Lourenço me remete às minhas mais antigas lembranças. Fui a São Lourenço pela primeira vez com possivelmente menos de um ano, e por lá passávamos todos os anos até meus 9, 10 anos. Depois, nunca mais voltei... Até agora.

Eu e meu finlandês moreninho preferido chegamos dia 21/04, no fim de um feriadão que de acordo com o taxista "encheu a cidade como não se via nos últimos 10 anos".

Ficamos hospedados no hotel Beira Parque, hotel sem firulas mas com quarto aconchegante, excelente café da manhã e ótima localização (como diz o nome, pertinho do Parque das Águas).


A cidade parou no tempo. Temos Brasílias, Del Reys, Chevettes aos montes nas ruas, os restaurantes tocam Beatles e Roupa Nova, as pessoas se locomovem de charrete, as ruas são de paralelepípedo (de acordo com o charreteiro, se asfaltarem as ruas de São Lourenço, as fontes secam. E. naturalmente, ninguém quer isso). Mas o clima "old" da cidade é permeado por uma estrutura madura de turismo, com hotelaria e restaurantes mais do que tradicionais; a cidade foi construída no século retrasado em torno do turismo, desde que encontraram a primeira fonte de água mineral por lá, colocando o turismo das cidades fluminenses no chinelo.

O Parque das Águas... ah! O Parque das Águas. Ambiente delicioso, silencioso, cheio de fontes hidrominerais para recarregar as energias, pedalinho, bichos que praticamente vem conversar com você, triciclos, mini golfe, bosques, pesque e pague, etcéteras, etcéteras... e o Balneário. Ah, o Balneário! Reservamos uma massagem indiana de 1 hora para cada um. Ô, coisa boa! O Balneário fica dentro do parque, e foi  o primeiro do Brasil (antes de existir a palavra Spa, ele foi o primeiro). Getúlio e Marta Rocha (a miss com 2 cm de bumbum a mais) frequentavam o lugar. Eu e Aquino também =)

Meu piloto não poderia deixar de passar no Kart de São Lourenço. Foi divertido: você paga R$ 15, põe o capacete (só o capacete) e corre 7 voltas. No rules total... hehe, mas foi bem divertido.

Deixamos o último dia para passear no Trem das Águas, que vai de São Lourenço a Soledade de Minas, e volta. Experiência bem gostosa, andar de Maria Fumaça pelos campos verdejantes de Minas.

Fomos também ao Quinta do Cedro, uma fazendinha muito agradável; à Fundação Cima's, de curioso ambiente e uma exposição peculiar com acervo pessoal do Professor Cima, de Salvador Dali (amigo dele).

O problema de São Lourenço é querer comprar tudo o que tem em todas as lojinhas de doces e queijos da cidade. E olha que há lojinhas de doces e queijos em quase todas as esquinas. A loja da Miramar é um caso especial: além de querer levar tudo, ela é enorme.


Tem compota de tudo que se imagine, doces de leite mil, docinhos, doces e doções caseiros, tem queijo muito mais gostoso e mais barato que no Rio, tem cachaças caseiras muito boas, tem o café mais premiado do Brasil, de Carmo de Minas. Levei uma mochila-sacola vazia dentro da mala, e ela voltou abarrotada... só não levei mais porque não cabia.

Os self-services são agradáveis (retificando, comida mineira é agradável). Comemos pizza em todas as noites, em lugares diferentes. Destaque para o tradicionalíssimo Mamma Mia, que continua a mesma coisa de quando estive lá há quase 20 anos atrás. As caipirinhas com cachaças artesanais são um espetáculo.

Enfim... semana deveras agradável. Os pontos negativos: chegar lá de ônibus é uma maratona (só tem um ônibus direto pra lá do Rio, e ele sai no improvável horário de 16h.

Fomos via Cruzeiro, levamos mais de 5h para chegar; na volta, viemos direto e levamos por volta de 4h). Andar por lá sem carro é caro (os táxis tem um preço fixo por corrida de R$ 20; as charretes fecham pacotes, e geralmente é o melhor meio de locomoção para grupo de pessoas).

Au Revoir Simone



Quando: 08/05/2014
Onde: Miranda - Espaço Lagoon
O quê: Show
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Não conhecia a banda, nem o lugar, fui no melhor estilo "acompanhando o namorado". E valeu, lugar agradável para um show intimista, música agradável, cantoras bonitas e felizes - uma delas estava inclusive fazendo aniversário, o que rendeu um parabéns coletivo e bilingue.

Apesar do nome e do ar europeus da banda, as três moças vieram do Brooklyn, aterrizando no Rio através do "Queremos!", site que recolhe dinheiro dos fãs para trazer bandas não tão midiáticas para o país. Uma iniciativa bem interessante da era digital (e rentável para a produtora, que já vem com o show "pré-pago").

Noite para descobrir que bandas de indie pop, e caipirinha de lichia e pimenta rosa, podem ser muito agradáveis.

CCBB - `Resistir é Preciso` e `Amor Amor Amor`



Quando: 29/03/2014
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro
O quê: Exposições "Resistir é preciso" e "Amor Amor Amor"
Quem viu: Paula Cris, Aquino


Informações: http://www.resistirepreciso.org.br/ccbb/ || http://www.boadiversao.com.br/guia/rio-de-janeiro/arteeteatro/noticia/id/69700/exposicao_amor_amor_amor_no_ccbb

Quando cheguei de volta ao Rio, me levaram ao CCBB pela primeira vez, e foi amor à primeira vista. Por isso talvez tenha caído tão bem a exposição "Amor Amor Amor", com fotos que representam... o amor, evidentemente. Ver as fotos de mãos dadas com meu finlandês foi cereja do bolo nesse contexto, claro. Exposição singela e muito bonita.

Depois dessa, fomos à exposição principal, "Resistir é Preciso". Em tempos de homenagens aos 50 anos do Golpe Militar, a exposição tem conteúdo de sobra pra ficar entendido no assunto. Naturalmente, com um título desses, nada de positivo desde o Golpe até a "abertura lenta e gradual" é lembrado, apenas as partes ruins - coisa que não falta, aliás. Com a qualidade CCBB de sempre, é bom ir com tempo para conseguir digerir toda a informação passada.

Enquanto isso, no térreo, uma intervenção de atores que iam e vinham em ritmos diferentes, lentamente, rapidamente, correndo. Pareceram exercícios de teatro, não sei se tinham algum significado especial... Aparentemente, era uma "instalação"da exposição principal...

Obs. Ao fim da exposição, fomos no café que abriu no segundo andar. Uma graça! Dividimos um café simples, que vem com um bolo digno de foto no Instagram.



Parque Lage



Quando: 30/03/2014
Onde: Parque Lage
O quê: Piquenique
Quem viu: Paula Cris, Aquino, Elisa, Diego, Ana Lu


Informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Lage

Sim, é Lage com G, porque não tem a ver com aquela parte da casa embaixo do telhado, mas com o sobrenome da família Lage, que era proprietária do lugar.

É um parque, com muito verde, caminhos, grutas e tal. Dizem que o café da manhã servido por lá é excelente, mas fomos fazer piquenique, na tradicional comemoração do meu aniversário entre melhores amigos (mesmo que 10 dias depois... isso não importa. Ainda não estavam homologados os meus 28 anos, enquanto não houvesse essa comemoração).

Por lá, muitos lugares para montar o piquenique (que tinha toalha quase xadrez e tudo), uma quantidade razoável de mosquitos e uma meia dúzia de pessoas altamente sem noção que resolveu jogar frisbee sobre nossas cabeças. Nossa energia negativa coletiva derrubou o brinquedo na ribanceira, mas os energúmenos foram suficientemente insistentes para recuperar o frisbee e jogar na nossa comida. Nada que abalasse os ânimos, porém.

Enfim, lugar bem bem bonito, sem ingresso pago (o estacionamento custa R$ 10), muito bom para montar um convescote - preferencialmente, com repelente e grandes amigos!



Museu da República


Quando: 23/02/2014
Onde: Catete
O quê: Museu da República
Quem viu: Paula Cris, Aquino


Informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_do_Catete

Fizemos uma visita despretensiosa, e nos surpreendemos com a quantidade de conteúdo. Muito além do "quarto em que o Getúlio morreu", existe por lá uma quantidade imensa de informações, para quem quer conhecer nosso recente e conturbado período republicano. Todos os momentos de República são lembrados. Oh céus, como a História é cíclica...

Os jardins do Palácio são um charme à parte. Muita coisa pra ler, ver, observar e refletir. E o melhor: domingo a entrada é gratuita!





Tulipa Ruiz no Circo Voador


Quando: 01/02/2014
Onde: Circo Voador, Lapa
O quê: Show da Tulipa Ruiz, abertura com a banda "O Terno"
Quem viu: Paula Cris, Aquino

Informações: http://www.tuliparuiz.com/ || http://www.oterno.com.br/ || http://www.circovoador.com.br/

Ir à Lapa é sempre bom. A aleatoriedade das ruas cariocas condensa-se em cada paralelepípedo daquele lugar. De repente, surge um grupo de forró. Alemães encantados com os sabonetes perfumados da vendedora. Uma banda de rock, vestida de anos 80. Hare krishnas empolgadaços passando pelo meio da Feira do Lavradio (ah! A Feira do Lavradio, minha linda!). Um bloco, dois blocos, três blocos de carnaval, e nem estamos no mês certo - mas está calor, está valendo. Sem tirar nem por, passei por todos esses cenários ontem à noite, enquanto esperava Sir Aquino, num fim de tarde na Rua do Lavradio.

Comemos pizza no Carioca da Gema. Caipirinha com cachaça Salinas, gostosa. Pizza e atendimento bem bons, apesar do preço meio carinho para a dupla de pães-duros. Só um "esquenta" para o show da Tulipa Ruiz, no Circo Voador.

O ambiente do Circo é sempre um afago. O problema por lá é a costumeira demora para que os artistas apareçam. Devo estar ficando velha, mas me cansa chegar às dez e pouco no evento, e a artista só aparecer pra lá de uma e meia da manhã. Fora isso e o calor (ah, o calor! Quanto calor!), tudo na mais perfeita ordem.

O show de abertura foi uma grata surpresa. Pessoal do "O Terno" com repertório simpático e um vocalista que, sem dúvida alguma, veio de uma fenda espaço-temporal de 1979, direto do Vale do Silício. Do rock à marchinha, vale conferir o som dos moços. Ganharam-me, naturalmente, quando adaptaram "Canto de Ossanha", do Vinicius. Belo arranjo.

Até que Tulipa chegou. Fomos apresentadas há uns quase três anos, e gostei bem do estilo e da voz; só não conhecia a faceta Belatrix Lestrange da cantora, que apresentou seus sucessos mesclando uma teatralidade fantasmagórica interessante, que eu não imaginava. A figura da moça tem muito pouco a ver com o que eu imaginava pela sua voz, mas bem, a vida é feita de surpresas. Final de show muito legal, com todos (todos mesmo, incluindo baterista, baixista e afins) cantando com o público à capela. Instante infinito, com certeza.

Feira do Lavradio, pizza, capirinha, Arcos, Circo Voador. Ah, minha Lapa, Lapa de todo mundo, Lapa sem dono (mas cheia de guardas e PMs dessa vez)... como gosto!

Jardim Botânico


Quando: 20/01/2014
Onde: Jardim Botânico do Rio de Janeiro
O quê: Visitação
Quem viu: Paula Cris, Aquino

Informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeiro

Eles talvez não fossem os ban-ban-bans da higiene ou os caras dos bons modos, mas sabiam impressionar. Tudo o que envolve a época do Império é grande, é bonito, é detalhado, é de cair o queixo ao olhar pro alto, para os lados, até onde a vista alcança.

O Jardim Botânico é mais um desses investimentos de dinheiro infinito da Família Imperial, que perduram e impressionam até hoje. Passeio chavão que todos deviam fazer de vez em quando, pra relembrar como somos insignificantes ao lado de uma Chorona ou de um Pau-Mulato (trocadilhos a parte). Experimente contar seus problemas cotidianos para um daqueles espécimes plantados por um General qualquer, há 60 anos atrás. Ela vai responder com um sepulcral "foda-se", de um silêncio tão tão retumbante, ecoando ao longo de suas dezenas de metros de idade, que a questão vai perder totalmente a importância.

Afora as crianças que gritam em momentos esparsos, a paz é destaque reinante. O lugar está bem cuidado, com uma nova ala de cactos e suculentas que é uma graça. E o ingresso não é caro. Excelente mistura para um casal pão-duro comemorar seus dois anos juntos =).


Móveis Coloniais de Acaju



Quando: 12/01/2014 às 18h
Onde: Posto 10, Ipanema
O quê: Show na Praia
Quem viu: Paula Cris, Aquino, Potter
Informações: http://www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/

Fim de tarde na praia, ventinho pra espantar o calor, por-de-Sol que ninguém recebe melhor que as águas cariocas.

Juntando esse cenário ao empolgadíssimo vocal dos Móveis Coloniais de Acaju, o resultado foi um bom fim de domingo. Os caras são muito, muito felizes e isso fica tatuado em todas as músicas, arranjos e etcéteras. Segunda vez que os assisto, de novo a mesma impressão de felicidade.

O crédito das fotos vai para o Potter, nosso menino do Rio que foi convencido pelo meu moreninho da Finlândia a ir ao show do Móveis porque, afinal de contas, era na praia. Acho que ele foi só pra ver o Aquino no Sol, com os pés na areia. Whatever. Foi legal.



Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos


Quando: 10/01/2014 às 21h
Onde: Teatro Clara Nunes
O quê: Teatro / Musical
Quem viu: Paula Cris e Aquino
Informações: https://www.facebook.com/TodososmusicaisdeChicoBuarque

"Mas vida, ali / Eu sei que fui feliz"

Os versos que Soraya Ravenle interpretaram, em algum momento da noite de ontem, representam a sensação de assistir ao espetáculo.

Bravo, bravo!

Artistas completos, vozes impecáveis, emoção à flor da pele (e da terra, para aproveitar o trocadilho), músicos, acústica, cenário, figurinos, iluminação, todos os elementos em seus lugares para criar um ambiente mágico para sexta a noite.

Ri, sorri, chorei. Excelente! Cantei junto. Fã de Chico é suspeito pra dizer, então recolhi a opinião abalizada de quem não é muito chegado nem a samba nem a musical, Sir Aquino, que sentenciou: "Surpreendente. Realmente ótimo". Pronto, opinião homologada.

Momentos para comentar depois (com chopp e caipirinha, preferencialmente) não faltaram: a interpretação infantil de "Ciranda da Bailarina"foi impagável. Geni e o Zeppelin estavam lá, numa roupagem visual que qualquer fã tem obrigação de ver. O coro em Roda Viva, oh Céus, o que foi aquilo. Morte e Vida Severina e todo o seu peso envolveram o teatro. Chorei com Pedaço de Mim. E os duetos, os coros, os solos, as danças, as tiradas, a sensualidade a dois, a três, a quatro, o cenário, a sonoridade. É até injusto destacar momentos. O todo foi um quebra-cabeças de instantes infinitos.

Um teatro mambembe pra ninguém botar defeito. Excelente início para o primeiro post do diário de bordo. Deu vontade de voltar... quem sabe?