O Impecável



Quando: 16/02/2016
Onde: Teatro dos Quatro
O quê: Teatro (Comédia)
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Eraldo, Gabriela
Informações: http://rioshow.oglobo.globo.com//teatro-e-danca/eventos/criticas-de-usuario/o-impecavel-14462.aspx

Terça-feira também é dia de teatro! Enfrentando o temporal diário que nos acompanha nesse fim de verão, fomos ao Shopping da Gávea ver Luiz Fernando Guimarães no monólogo "O Impecável".

O veredicto foi... morno. Não é que seja ruim. Valeu o ingresso (que compramos pelo Peixe Urbano, hehe). Mas não é *A Peça*. O enredo tem como cenário um salão de beleza, e Luiz Fernando Guimarães interpreta diversos personagens, que dialogam entre si e conversam com a plateia. O problema é que o humor da peça estava muito pautado na troca de personagens, e em como o ator conseguiria se transformar para que a plateia identificasse cada um deles. E... ele não conseguiu. Os personagens ficaram muito parecidos, todos meio gays (sendo que deviam homens e mulheres, gays e héteros). Com a falta de força na interpretação, o roteiro não conseguiu o efeito desejado. Deu pra rir... mas não muito.

No dia seguinte, liguei para minha avó, e contei que fui ver essa peça. Ela disse "é... eu acho esse Luiz Fernando Guimarães assim meio canastrão..." . Bingo. Minha avó já sabia!

Carnaval 2016



Quando: de 06 a 10/02/2016
Onde: Pelo Rio
O quê: Blocos
Quem foi: Paula Cris, Aquino, pessoal da Finep, Joyce e amigos

E depois de 20 anos, a carnavalesca pôde ficar no Rio para brincar o carnaval. E brinquei mesmo =)

Contei com a paciência do meu finlandês, traumatizado com as marchinhas da Praça Argentina de outros carnavais - em breves momentos a gente pode até supor que ele curtiu, quando não tinha nem muita gente, nem muito samba, nem muito calor (errr, digamos que não tenham sido muitos momentos), e botei o bloco na rua. Escolhemos os blocos menores, preferencialmente os que andam (porque, na minha definição, bloco é um grupo carnavalesco que vai do ponto A para o ponto B). Contamos com a participação especial muito animada dos foliões da Finep e da nossa percussionista oficial, Joyce.

Ao contrário de outros carnavais, fiquei triste com a quarta-feira de cinzas... como tem que ser. Lição aprendida: no carnaval, o bom é ser folião... não imprensa.





O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece



Quando: 23/01/2016
Onde: Theatro Net
O quê: Teatro Musical
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Eraldo, Gabriela

Ah, o teatro... Sempre proporcionando noites agradáveis. Mais uma vez, junto à agradável e animada companhia de Eraldo e Gabi, para assistir a "O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece".

Entre as opções de assento disponíveis, ou lá atrás no meio, ou bem na frente no canto, erradamente escolhi a segunda alternativa (post-it mental: o Theatro Net tem uma altura razoável entre as fileiras, então é menos prejudicial sentar lá atrás e no meio, do que nas laterais. Aquino quase não viu a peça, sentado na última cadeira da fileira B - Comprar o assento dobrável, nem pensar). Mesmo assim, deu pra aproveitar.

Quanto à peça, rimos um bocado. Ao misturar da fantasia dos filmes musicais clássicos, aos jingles e propagandas que marcaram época (algumas mais antigas, que conheço por ouvir meus pais cantando), o roteiro brasileiro soube trabalhar de forma original e divertida todas aquelas musiquinhas "que todo mundo sabe". Atores-cantores afiadíssimos (já lugar-comum nas peças musicais atualmente em cartaz); espaço cênico utilizado com muita criatividade; humor e texto atual... ah, tudo de bom.

Só me preocupou um pouco a bagagem necessária para assistir a peça. Diversas propagandas citadas são das décadas de 70/80, o que pode deixar o povo mais novo sem pescar todas as deixas; além disso, a alusão a personagens "classicões" dos musicais (O Mágico de Oz, O Fantasma da Ópera, Cantando na Chuva, Hair, Grease, A Noviça Rebelde) exige que o espectador os reconheça, o que também pode deixar na superfície o pessoal que "não gosta de filme velho".

Incrível perceber como os jingles nos marcam. Quem não completa "Pipoca na panela, começa a arrebenta-ar...", ou não faz "oown" quando começa "O búfalo falou que é bom... o gorila, falou que faz bem..." (tomou?). E o Biafra espantando ladrão? Quem não gostaria de presenciar essa cena?

Ah, o teatro... esse me ganha fácil!

Museu Nacional de Belas Artes




Quando: 20/01/2016
Onde: Cinelândia
O quê: Exposição
Quem foi: Paula Cris, Aquino
Mais informações: http://mnba.gov.br/portal/

Comemorando 4 anos de instantes infinitos juntos, depois de uma manhã de preguiça resolvemos pensar em algo diferente para fazer. Qual museu ainda não visitamos? Hmm, aquele na Cinelândia! Eh bien, fomos.

Chegamos 14h20, fechava às 17h. "Vai dar tempo, tranquilo", pensamos. Ledo engano: o museu é enorme. As exposições, temporárias ou não, somam milhares de obras. Acervo gigante, que percorre a história da arte brasileira - desde suas origens não-brasileiras. De acordo com o site do museu, "A bicentenária Coleção do Museu Nacional de Belas Artes se originou de três conjuntos de obras distintos: as pinturas trazidas por Joaquim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa, que chegou ao Rio de Janeiro, em 1816; os trabalhos pertencentes ou aqui produzidos pelos membros da Missão, entre os quais se destacam Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Batiste Debret, Grandjean de Montigny, Charles Pradier e os irmãos Ferrez; e as peças da Coleção D. João VI, deixadas por este no Brasil, ao retornar a Portugal, em 1821."

Além das exposições perenes, com obras que nos colocam em nossa devida insignificância (porque Pedro Américo e Vitor Meirelles têm esse poder), destaque para a temporária San Sebastiano, com matrizes de gravuras vindas da Itália, desde meados de 1500. Impressionante o detalhe e a perfeição dessa arte em metal, que minha ignorância desconhecia. (caso mais alguém divida comigo essa falta de conhecimento, Wikipedia está aí para nos salvar: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravura_em_metal ).

Enfim, passeio encantador. Surpreendente o tamanho do museu, a diversidade das obras (destaque para a coleção de reproduções de esculturas gregas, reunidas desde a época do Império para os estudos dos alunos da Escola de Belas Artes). De graça aos feriados e domingos (quando não é de graça, custa R$ 8 a inteira). Bom para ir com tempo, disposição e com a mente aberta a realizar que existem pessoas muito mais talentosas que você, e que a era pré-tecnologia rendeu frutos muito mais interessantes que bloggers, postagens e curtidas.

Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci





Quando: 16/01/2016
Onde: Circo Voador
O quê: Show "Dia a Dia, Lado a Lado"
Quem foi: Paula Cris, Aquino, Joyce

No início, estava com preguiça, confesso. Deve ser a proximidade dos 30 assombrando a disposição. Show tarde, marcado para 23h com apresentação de abertura - o que empurra o principal lá pra amanhã. Ainda mais com o remorso de sair cedo da festinha de aniversário de um dos amigos da pequenina lista dos grandes amigos.

Mas olha, foi bom. Foi muito bom.

A banda de abertura, Liniker, teve um som interessante, porém muito eclético para gostar de um álbum inteiro (deixei de usar a palavra CD, porque realizei que, em muitas situações, um álbum não é mais um CD). Em 10 músicas, deve rock, samba, música de terreiro, blues, ginga, protesto... muita informação para um show só, na minha opinião monolítica que a mais ninguém é relevante.
Até o início do show principal, o que valeu foi a companhia sempre muito feliz e muito agradável da Joyce, além, é claro, do meu finlandês-moreninho-de-todas-as-horas.


Mas o show principal... ah, o show principal... como disse Tulipa, foi um "troca-troca muito gostoso". Músicas de ambos bem selecionadas, duetos com um encaixe tão natural, que pareciam os originais dos arranjos. Carisma de ambas as partes, Tulipa e sua eletricidade, Jeneci e seu conjunto de tecladinhos e acordeão, submergindo a plateia do Circo numa mistura muito interessante. Torcendo para que os duetos do show virem música do Spotify.

Show no Circo Voador já começa sempre com uma boa vibe. Ainda de acordo com a Tulipa, "deve ser o haxixe preso na lona". Talvez, quem sabe. O formato de arena, acredito, também deve ajudar muito (além do haxixe, longe de mim dizer que não), empolgando o cantor, que empolga o público, que empolga o cantor, numa espécie de "efeito Tostines" causador do sucesso dos shows ao vivo. Sempre muito bom, apesar da hora avançada (que deixou a praticamente-trinta aqui com dorzinha nas costas).

Salve Tulipa, Salve Jeneci, salve o haxixe da lona. Ainda parafraseando Tulipa, "Circo Voador, seu lindo!!"

Os Oito Odiados



Quando: 09/01/2016
Onde: Cine São Luiz
O quê: O oitavo filme do Tarantino
Quem foi: Paula Cris, Aquino

Fui acompanhando o "fã". Fui com boas expectativas, pelo que já tinha visto do diretor (no caso, Pulp Fiction e Kill Bill, apenas. Não vi Django Livre, apesar das afirmações contrárias do Aquino. Espero ver em breve, para superar esse gap). Fui feliz, porque cinema sábado fim de tarde é sempre uma boa pedida. Levei a pipoca de casa, o que me deixou ainda mais feliz por não gastar mais do que o ingresso com... milho e manteiga.

Apesar das boas vibrações... não gostei. Achei a narrativa arrastada. Muito filme para pouco enredo. Cenas compridas demais. Desenrolar meio óbvio. Pareceu-me uma preocupação grande em manter os clichês-Tarantino e a meta de fazer um filme grande, em detrimento da construção de uma história que prendesse a atenção. Mas, opinião daquela que viu muito poucos filmes ao longo dos anos, para ser relevante para alguém além dela mesma, gostar ou não.

Aquino gostou. Todo fã, viu bons diálogos e todo o espírito Tarantiniano que encanta o pessoal do sangue jorrando (nada contra o sangue jorrando, repise-se). Concordamos, porém, que o filme poderia ser menor, para contar a quantidade de história disponível.

Enfim, bonequinho dormindo pra mim, batendo palmas sentado para ele. Início morno para os eventos dignos de nota de 2016.